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sábado, 21 de março de 2015

JAIR BOLSONARO E  MARIA DO ROSÁRIO: O PERIGO DOS EXTREMOS

O dia (09/12) ficou marcado pela polêmica que envolveu o  deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e a deputada Maria do Rosário (PR-RS).

Maria do Rosário fez um  discurso contra a ditadura e chamou o período de “vergonha absoluta”.

Jair Bolsonaro  foi para a tribuna logo após a fala de Maria do Rosário, e quando ela deixava o plenário, o deputado falou:

"Fica aí, Maria do Rosário, fica. Há poucos dias, tu me chamou de estuprador, no Salão Verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece. Fica aqui pra ouvir".

Analisando esse embate  e o histórico da relação parlamentar de ambos, percebemos que há um extremismo ideológico, e todo radicalismo é perigoso.

Se o totalitarismo da ditadura causou males, o mesmo aconteceu com o  totalitarismo do regime comunista onde foi implantado.

O  passado  deve nos servir para extrair lições e aprender que todo extremo é maléfico, para não para repetirmos seus erros.

Maria do Carmo errou ao chamar o deputado de estuprador, Jair Bolsonaro errou responder na tribuna da Câmara com uma  fala ácida, que pode promover a violência contra a mulher.

A mulher ao longo da história tem sofrido para conquistar seu espaço na sociedade. 

O   livro do gênesis registra que Deus criou o homem: “E criou Deus o homem (Adão)  à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (Gn 1.26-27).

O nome Adão originalmente é dado tanto ao homem quanto a mulher, que receberam do Criador a missão de dominar sobre toda a criação. (Gênesis 1.28), a relação inicial era de igualdade.   

A partir da queda a mulher teria o desejo para o seu marido e o marido iria a dominar (Gênesis 3.16).

No inicio se chamavam “Adão”, após a queda surge o nome “Eva”, esse nome não foi dado por Deus a mulher, foi dado pelo homem a mulher: “E chamou ADÃO o nome de sua mulher EVA; porquanto era a mãe de todos os viventes. (Gênesis 3.20)

No antigo testamento a mulher é desvalorizada, não tinha direitos, era responsabilizada por muitos infortúnios, inclusive por não gerar filhos, efeito de estar debaixo da “maldição divina”.

Uma tradição rabínica em sua oração, chegava a  agradecer a Deus por não ter nascido mulher.

Na Grécia antiga as mulheres não eram consideradas cidadãs, ocupavam posição de inferioridade em relação aos homens.

Aristóteles tinha a seguinte opinião:  “no que diz respeito à sexualidade dos indivíduos a diferença é indelével, pois, independente da idade da mulher, o homem sempre deverá conservar a sua superioridade”.

O Filósofo entendia que as mulheres tinham deficit de carência e maturidade de espirito, e portanto, não seriam capazes de executar qualquer função que não fosse cuidar do lar.

No Império Romano inicialmente as mulheres não eram contadas nos recenseamentos, com exceção se fossem herdeiras, suas funções eram limitadas e durante muitos tempo foram submetidas a exclusão social.

Na era Cristã, a mulher teve a maior conquista em termos de valorização e espaço na sociedade, as mulheres serviam a Jesus (Lucas 2.36-38), sustentavam a obra com suas ofertas (Lucas 8.2-3).

Jesus permitiu que uma mulher de má fama se aproximasse d’ele e deu-lhe dignidade diante de uma sociedade que a desprezava (Lucas 7.37-38), enfrentou o preconceito da sociedade em sua época, quando aceitou conversar com uma mulher que tinha relacionamentos fracassados e uma vida infeliz ( João 4. 18).

Jesus faz com que as diferenças com bases nos preconceitos sejam aniquiladas, visto que n’Ele, tudo converge para a unidade:


“não há superioridade de raças (não há judeu nem grego), superioridade em posição social, (escravo nem livre) e superioridade nas diferenças de sexo, (homem e mulher), pois todos são um em Cristo Jesus (Gálatas 3.8).

A Mulher tem sido violada nos seus direitos através de interpretações distorcidas, filosofias  machistas, teologias tendenciosas, mas na pessoa de Cristo, sua dignidade é restaurada, assim como acontece com todos aqueles que aceitam a vida proposta por Jesus.



Como cristãos, nos posicionamos a favor do respeito e tolerância entre homens e mulheres em todas as áreas da sociedade.  

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