A teologia ortodoxa, na sistematização teológica define que a
"Verdade" pertence a uma confissão de Fé. Mas e a verdade é a PESSOA de CRISTO (Jo 14.6)
logo, não há necessidade de "DOGMAS", pois cristo não foi dogmático,
cristo estabeleceu uma PRÁXIS de VIDA.
A adoração em ESPIRITO E EM VERDADE (Jo 4.24), não
tem a ver com CONFISSÃO DE FÉ, mas com a mudança de conceitos sobre a
existência, a mulher achava que “Ser” Samaritana e “Ser” Judeu, era fatalismo
do destino. (Jo 4.9).
Jesus mostrou que Judeus e samaritanos, não “São”
estão “Sendo”. Na vida, nada é “fixo”, e Ele como judeu valoriza o Samaritano
que não é, mas Sendo. O verbo “Ser” é estático, o gerúndio “Sendo” é mutável.
A adoração em Espírito e em verdade tem a ver com
coragem de enfrentar os traumas e desafios da vida esse era o conteúdo do
diálogo de Jesus com a mulher samaritana. Quando Jesus fala da água que tinha
para oferecer, a mulher pede: “dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui
tirá-la”. (Jo 4.15).
A pessoa
que é cristã, mas é dogmática, firmada em doutrinas, quer resolver tudo de
forma fácil, quer saciar o desejo da existência com métodos mágicos, ou, com
penitências que mereçam o favor divino.
Jesus
quer oferecer capacidade para a pessoa enfrentar a vida com todos os traumas e
desamparo que ela oferece. Jesus vai a cerne do diálogo: “Vai, chama o teu
marido, e vem cá”. (Jo 4.16).
A mulher
responde que não tinha marido (Jo 4.17), mas não fala que já tivera cinco,
escondia os fracassos de relacionamento, mas estava bem informada sobre
teologia histórica e dos conflitos étnicos da sua nação (Jo 4.9), e da tradição
judaica (Jo 4.12).
Ela não sabia
lidar com as frustrações dos seus relacionamentos. Jesus confronta sua situação
e fala de seus fracassos do desamparo existencial que ela vivia, pois: “tivera
cinco maridos e o que tinha agora não era d’ela”. (Jo 4.18,19).
A mulher
vivia com o sentimento de que não possuía nada, nada lhe pertencia, era insegura,
complexada, uma imagem negativa de si mesma, ventilava na religião toda a sua
sede existencial, todo o seu desejo de pertencer a alguém e de ter alguém para
chamar de “seu”.
Na vida
ninguém é de ninguém, mas para se viver é preciso ter o sentimento de que
pertence a alguém, e de que tem alguém para se pertencido.
A
adoração em Espírito e em verdade não é o levantar as mãos no templo, nem estar
no templo certo, tão pouco ter a doutrina correta, mas, tem a ver com encarar a
verdade, a sua verdade, a verdade que temos medo, confrontar as nossas dores,
rever a nossa maneira de viver.
Jesus pede para a mulher chamar o seu marido: “Vai, chama o teu marido, e vem
cá”. (Jo 4.16), a mulher responde que não tinha marido (Jo 4.17). A mulher foge do assunto doloroso e volta-se para a discussão teológica: “Vejo que
tu és profeta” (Jo 4.19). O religioso extremo é neurótico, constrói uma “vida
paralela”, foge da realidade da vida, para uma vida imaginária, por não suportar a realidade.
Que conexão tinha os relacionamentos frustrados
d’ela, com o fato de reconhecer que Jesus era profeta? Para não
enfrentar assuntos que lhe causaram dores e sofrimentos, ela usa a religião
como fuga, sai da dimensão física (vida) para a metafísica (fé).
A
mulher introduz um novo tema que não tinha relação com o que Jesus havia falado
anteriormente. Jesus estava falando de “relacionamentos” a mulher foge para
fala de “local de adoração” dos patriarcas (Jo 4.20).
Jesus chama a mulher para encarar a vida, enfrentar
seus relacionamentos frustrados. Jesus queria lhe ensinar a mulher, se
valorizar, como alguém digna de ser respeitada, apesar do preconceito por ter
nascido em Samaria, e pela rejeição por não viver o padrão imposto pela
sociedade.
Jesus fala que não existe dogmas certos, locais
certos (Jo 4.21-23), depois conclui: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o
adorem em espírito e em verdade.
(Jo 4.24).
(Jo 4.24).
Qual é a “verdade”
na adoração em Espírito?
A verdade
de que em Cristo, não deve existir formulas mágicas para resolver os problemas
da vida:
“dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la”. (Jo
4.15).
Problemas
de relacionamentos não se resolve com campanhas de 7 dias, correntes, Jejum de
Daniel etc... Não se
deve usar doutrinas para encobrir os traumas, nem o nome de Jesus para fugir da maravilhosa vida que Ele veio
oferecer.
Amigo J.Lima, achei pertinente seus apontamentos, principalmente quando diz - "vida paralela”, fugir da realidade da vida, vida imaginária, por não suportar a realidade."
ResponderExcluirÉ por essas e outras que as igrejas estão sempre lotadas, e os dirigentes cada vez mais ricos, se aproveitando da insanidade das pessoas.
Mas o que esperar de uma população que mal sabe ler ou interpretar um texto comum, como esperar que entendam os textos bíblicos (a partir de conhecimentos prévios de hermenêutica, Exegese, Epistemologia?)
Complementando, o caminho se faz vivendo, a verdade se faz conhecendo, o caminho é pessoal e intransferível.
Visite nosso blog: http://apprehendere.blogspot.com.br
Grato.
Ao passar pela net encontrei o seu blog, estive a ler algumas coisas e posso dizer que é um blog fantástico,
ResponderExcluircom um bom conteúdo, dou-lhe os meus parabéns.
Se desejar fazer parte de meus amigos virtuais esteja à vontade, decerto que irei retribuir seguindo também o seu blog.
Sou António Batalha, do Peregrino E Servo.